Sabe aquela sensação de aquecimento no estômago, seguida de uma vontade súbita de apertar as bochechas fofas de um bebê bem gordinho e sorridente? Pois é, os cientistas afirmam que isso não acontece por acaso. Segundo eles, os traços infantis, como olhos redondos (além das bochechas, como já citamos aí em cima), são uma fórmula calculada para fazer com que adultos sintam vontade de proteger e cuidar desses seres super frágeis.
Os estudiosos afirmam ainda que a mesma coisa acontece com os filhotes de outros animais, como cães e gatos (isso explica o sucesso desses bichinhos na internet, por exemplo). Essa reação, como explicam, seria um mecanismo que nos força a prezar pela perpetuação das espécies (especialmente da nossa). Isso porque, qualquer traço que remeta às crianças na primeira idade, mesmo em rostos adultos, inspiram sentimentos relacionados aos bebês.
Esse fato é tão latente na forma que o cérebro humano funciona que os pesquisadores estão estudando os efeitos da "fofura" em objetos inanimados, como em designs de produtos. Conforme eles, nesse caso, as características infantis despertam o lúdico e mexem com desejos de auto-recompensa, fazendo com que as pessoas pensem em cuidar melhor de si mesmas.
Um experimento simples ajudou os estudiosos a perceberem essa transformação no comportamento dos adultos. Durante o estudo, voluntários receberam colheres normais e decoradas (com formas que remetiam a crianças) e foram convidados a servir para si mesmos porções de sorvetes. O resultado foi que as pessoas que receberam as colheres lúdicas serviram quantidades maiores da sobremesa.